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Se eu Quero e Posso, por que não Devo?

VOCÊ já se deparou com um dilema ético? Aquele em que você quer fazer determinada coisa, tem poder para fazê- la, mas sabe que não é correto? Existem três perguntas muito interessantes que podemos fazer para nos ajudar diante de encruzilhadas éticas: Quero? Posso? Devo?

Vamos ilustrar essas perguntas em situações fictícias (ou nem tanto). Por exemplo, avançar o semáforo vermelho em uma rua escura à noite. Você quer fazer isso, pois está tarde e não quer ficar parado no semáforo. Você pode fazer isso, pois ao olhar para ambos os lados e notar que não existem veículos nem pedestres no local, é só acelerar o carro e avançar o semáforo. Mas, você deve fazer isso? E se, de repente, ao acelerar o carro, surge um animal no meio do caminho? E se, tiver um radar semafórico naquele local, você avançaria o sinal? E se, você ficar ali parado e for assaltado?

Imagine agora outra situação. Você está atravessando a rua e uma senhora vindo em sua direção deixa cair suas sacolas da feira. É banana para um lado, maçã para outro, batatas rolando pela rua. O correto seria você ajudá-la, pois o sinal de pedestres vai fechar e aquela pobre senhora corre o risco de ser atropelada caso você não a ajude. Isso é algo que você deve fazer. No entanto, você está com pressa para chegar em uma entrevista de emprego. Logo, parar para ajudar aquela senhora a arrumar toda a bagunça pode lhe custar a tão almejada vaga de emprego, caso você se atrase para este importante compromisso. O que fazer?

Perceba, cara leitora e caro leitor, se fossem situações fáceis de serem resolvidas não seriam dilemas e, tampouco, seriam pauta de uma reflexão filosófica. O fato de querermos algo e de podermos algo, não torna isso algo adequado de ser feito.

De modo similar, o fato de termos o dever de algo, não torna aquilo algo que queiramos fazer. Você pode ter o dever de fazer uma determinada atividade mesmo sem gostar.

Como por exemplo, tomar banho. Esta é uma atividade diária em nossa cultura apreciada por muitos, sendo inclusive, um grande momento de prazer e relaxamento. Para parte das pessoas não existe nenhum dilema em questão. Entretanto, para um grupo de pessoas o cenário não é exatamente assim. Existe um dever higiênico, de saúde e social no ato de tomar banho, mas para pessoas que não gostam deste ato, isso torna-se um momento ruim em seus dias. Logo, é algo que eu devo, mas não quero.

Trazendo uma lente filosófica para nossa pensata, vamos recorrer ao filósofo Immanuel Kant, o filósofo que fala sobre a ética deontológica ou a ética do dever. Kant propôs o que chama de imperativo categórico, como um tipo de determinação de deveres impostos pela nossa consciência que fossem aplicados universalmente. Uma espécie de conjunto de valores morais que deveriam ser seguidos por todos, em qualquer lugar do mundo, independentemente diferenciações culturais.

A máxima Kantiana afirma quedevemos agir como se nosso comportamento fosse um imperativo categórico. Ou seja, se eu avançar o sinal vermelho a noite, todas as pessoas devem fazer igual, é imperativo que todos ajam desta forma.

E, caso alguma senhora derrube suas compras da feira na rua, mesmo atrasado e não querendo ajudar, é imperativo que todos ajudem, mesmo que se prejudiquem por causa disso. Imagine como seria isso? Imagine agir de tal modo que sua forma de agir seja uma lei universal?

E você, caro leitor e cara leitora, o que você Quer, Pode e não Deve? E o que você Deve, Pode, mas não Quer? E o que você Quer, Pode e Deve?

Como citar essa pensata:
Barbosa, Aline dos Santos. Se eu quero e posso, por que não devo? Schola Akadémia, v.1, n.1, p. 1-2. Disponível em: <www.scholaakademia.com>, 2023.

Sobre a autora

Aline Barbosa

Filósofa, Doutora e Mestre em Administração de Empresas. Bacharel em Comunicação Social. Atualmente cursando Licenciatura em História. É Professora Permanente no Programa de Mestrado em Administração e Desenvolvimento Empresarial (MADE) da Universidade Estácio de Sá. Tem interesse de pesquisa nas temáticas sobre Filosofia, Ética, Amor, Desigualdade de Gênero nas Organizações e Sociedade, Violência contra as Mulheres, Carreiras não Tradicionais, Estratégia e de Sustentabilidade, e publica estudos nacionais e internacionais sobre estes tópicos.

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